A disciplina que vem do Senhor é indispensável na vida cristã. E, quando pensamos sobre a língua, vemos a necessidade de ainda mais disciplina, justamente por causa da dificuldade de controlá-la:
“Toda disciplina, com efeito, no momento não parece ser motivo de alegria, mas de tristeza; ao depois, entretanto, produz fruto pacífico aos que têm sido por ela exercitados, fruto de justiça” (Hebreus 12:11).
Com este equilíbrio no falar, o servo de Cristo será útil nas mãos do seu Senhor e influenciará outros a se disciplinarem nesse aspecto, principalmente os da sua própria família.
A língua é uma poderosa ferramenta para o bem quando utilizada da maneira correta:
“A morte e a vida estão no poder da língua; o que bem a utiliza come do seu fruto” (Provérbios 18:21).
Deus quer que nós a usemos com sabedoria; não podemos deixá-la fora de controle. Como cristãos, temos uma razão maior que nos encoraja e dá esperança: a vida eterna que temos pela frente. O prêmio eterno é precioso demais para deixarmos um membro tão pequeno do nosso corpo colocar tudo a perder:
“Ora, a língua é fogo; é mundo de iniquidade; a língua está situada entre os membros de nosso corpo, e contamina o corpo inteiro, e não só põe em chamas toda a carreira da existência humana, como também é posta ela mesma em chamas pelo inferno” (Tiago 3:6).
Com entendimento e determinação para agir a cada dia, viveremos como verdadeiros representantes de Cristo neste mundo:
“Vivei, acima de tudo, por modo digno do evangelho de Cristo…” (Filipenses 1:27).
A língua tem poder para mostrar às pessoas quem realmente somos, mas, com dedicação e amor pelo Senhor, o Espírito Santo agirá, produzindo domínio próprio (Gálatas 5:22-23). Nossas vidas serão transformadas, e o nosso falar será uma bênção para as pessoas ao nosso redor. Por isso, é necessário manter o compromisso com o Senhor, pregando a Palavra (2 Timóteo 2:2), se dedicando à prática de boas obras (1 Timóteo 6:18), às leituras bíblicas (1 Timóteo 4:13), às orações (1 Timóteo 2:1) e à comunhão com Deus e com nossos irmãos. Agindo assim, haverá crescimento espiritual, e nos tornaremos cada vez mais semelhantes ao nosso Mestre:
“E todos nós, com o rosto desvendado, contemplando, como por espelho, a glória do Senhor, somos transformados, de glória em glória, na sua própria imagem, como pelo Senhor, o Espírito” (2 Coríntios 3:18).
Mesmo assim, é possível falhar alguma vez ao tentar controlar a língua, mas, se isso acontecer, devemos correr para Deus, pedindo perdão e orando para que Ele dome a nossa língua e transforme a fonte: que é o nosso coração:
“Se confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1 João 1:9).
“Pois a boca fala do que está cheio o coração” (Mateus 12:34).
“Mas o que sai da boca vem do coração, e é isso que contamina o homem” (Mateus 15:18).
Que alívio saber que Deus tem boa vontade para nos ajudar e salvar!
“Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e para vos apresentar com exultação, imaculados diante da sua glória” (Judas 24).
Paulo Marques da Silva